1/3 of total global population don't have access to electric power.

Discussion in 'Politics' started by SouthAmerica, Mar 4, 2006.

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    March 4, 2006

    SouthAmerica: Here is an interesting article published today by the Folha de Sao Paulo, a major Brazilian newspaper.

    According to a new study just published 1/3 of the world’s population don’t have access to electric power. Not because electric power is not available, but because the people can’t afford to pay for it. (We are talking about over 2 billion people and half of these people live today in Africa.)

    The article also mentioned that today the United States uses from 15 to 20 times more energy than China and India.



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    Here is a copy of the original article in Portuguese.

    March 4, 2006
    “1/3 da população mundial não tem acesso à energia elétrica”
    By ANAINA LAGE, in Rio
    Folha de Sao Paulo


    Cerca de um terço da população mundial, o equivalente a dois bilhões de pessoas, não tem acesso à energia elétrica. Metade deste total está localizada no continente africano. O dado faz parte de estudo apresentado hoje no Rio pelo Conselho Mundial de Energia.

    Segundo a diretora do Conselho Mundial de Energia Elena Nekhaeze a distribuição do uso da energia no mundo é muito desigual e concentrado na América do Norte. Os norte-americanos consomem de 15 a 20 vezes mais do que os chineses ou indianos. Neste caso, ela afirma que os preços deveriam aumentar para desestimular o desperdício de energia.

    Na avaliação da diretora, a solução para uma oferta mais igualitária de energia depende do acordo entre governos e indústria. O preço da energia deveria ser definido pelo mercado e pela competição a fim de que as companhias conseguissem cobrir custos, ter lucros e financiar a expansão do setor.

    Nekhaeze citou o exemplo do apagão de 2001 no Brasil. Segundo ela, o consumo brasileiro caiu 20% mas o potencial da região permite uma redução na faixa de 50%.

    Uma pesquisa desenvolvida pelo conselho nas cidades do Rio de Janeiro, Buenos Aires e Caracas mostrou que o problema para as pessoas de baixa renda não está na oferta de energia e sim na capacidade de pagar por ela. Das três cidades, apenas em Caracas, onde a energia é subsidiada, o consumo é elevado entre os mais pobres.

    Os cariocas comprometem 15,57% de sua renda para cobrir os gastos com energia. Em Buenos Aires esse percentual é de 7,6%. Nos EUA, de 5,2%. Os impostos também são maiores no Brasil. Eles representam 45% do valor da conta. Na Argentina, o percentual é de 35%.

    De acordo com o estudo, no Rio de Janeiro os mais pobres consomem 103,19 KWh/ mês. Em Buenos Aires o total é de 97 KWh/mês e em Caracas, de 220,00 KWh/mês com energia subsidiada.

    "A energia sozinha não resolve o problema da pobreza, mas melhora a exclusão social", afirmou Norberto Medeiros, presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia.

    O estudo mostrou que o denominador comum entre as três cidades é que os subsídios para a população carente são insuficientes, embora constituam um passo importante na mitigação da pobreza urbana. A ênfase deveria estar relacionada a políticas educacionais que aumentassem a independência econômica dos mais pobres por meio de treinamento e de melhores empregos, de acordo com a pesquisa.

    A pesquisa afirma que há uma relação direta entre a falta de empregos estáveis e o aumento das perdas de energia. No caso do Rio de Janeiro, o estudo menciona que as perdas da Light na favela do Caju chegam a 40%. O nível de perdas da companhia na cidade é de 25%, de acordo com o estudo.


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  2. .

    March 10, 2006

    SouthAmerica: On March 9, 2006 the enclosed article about a global water crisis was a front page story on the Brazilian newspaper Folha de Sao Paulo.

    Today, I found a similar story published by Reuters. Enclosed is a copy of both articles.


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    "Water: a crisis of governance" - UN
    Reuters – March 10, 2006

    UNITED NATIONS (Reuters) - Corruption plays a crucial yet nearly invisible role in depriving nearly a fifth of the world's population of access to safe drinking water, a new U.N. report on water and development said on Thursday.

    While supplies of fresh water are adequate for the whole planet, mismanagement in its distribution helps explain why adequate drinking water is beyond the reach of 1.1 billion people, while 2.6 billion people lack access to basic sanitation, said the report prepared by 24 U.N. agencies.

    Those affected are among the world's poorest, and over half of them live in China or India, according to the report, entitled "Water: a crisis of governance."

    Corruption in the water sector "siphons off scarce monetary resources and diminishes a country's prospects for providing water and sanitation for all," said the report, prepared for the Fourth World Water Forum opening in Mexico City on March 22.

    While there are no reliable estimates, it certainly costs millions of dollars every year, it said.

    The diversion of those sums slows economic growth, discourages investment in water systems and leads to inefficient and unfair distribution of water resources in many countries, it said. "It decreases and diverts government revenues that could be used to strengthen budgets and improve water and other services, especially for poor people."

    While citizens may in theory choose to steer clear of corrupt arrangements, "it is often difficult to do so since the choice can be between having access to drinking water and going thirsty, or having sufficient irrigation water for agricultural crop production or losing crops and farming income," it said.

    A recent survey in India found 41 percent of customers had paid small bribes in the previous six months to falsify meter readings and thereby lower bills, according to the report.

    Thirty percent had paid bribes to expedite repair work and 12 percent made payments to expedite new water or sanitation connections in the previous six months, it said.

    "Private, public, local, national and international water decision-makers should all take responsibility for initiating and implementing adequate anti-corruption measures in the water sector," it said.



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    Folha de Sao Paulo – March 9, 2006
    “ONU adverte que 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água”
    da Efe, no México


    Cerca de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso adequado à água potável, segundo o Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo, divulgado nesta quinta-feira no México.

    O relatório foi divulgado dias antes da realização do 4º Fórum Mundial da Água entre 16 e 22 de março na capital mexicana.

    A ONU (Organização das Nações Unidas) adverte que a região da África subsaariana não conseguirá reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso à água potável salubre em 2015, uma das metas do milênio da organização.

    É também negativa a avaliação que faz sobre o cumprimento de outros objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas para 2015, que pretende reduzir pela metade o número de habitantes do planeta que não têm instalações de saneamento básicas.

    Segundo o relatório, resultado do trabalho conjunto de 24 órgãos e da ONU, cerca de 2,6 bilhões de pessoas dos países mais pobres do mundo carecem de instalações de saneamento básicas e mais da metade deles vive China e na Índia.

    O relatório apresenta um panorama detalhado da situação da água em todas as regiões, e na maioria dos países do mundo, e faz um acompanhamento dos progressos realizados para conseguir os objetivos de desenvolvimento do milênio.

    No prefácio da publicação, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu que todos os países "trabalhem de perto e juntos para promover o respeito dos ecossistemas naturais dos quais dependemos, e garantir que todas as pessoas tenham acesso à água pura e aos benefícios que torna possível".

    Além disso, o diretor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Koichiro Matsuura, ressaltou no prólogo que o problema da água diz respeito ao "bem-estar básico do homem (comida, segurança e saúde)", questões de "desenvolvimento econômico (indústria e energia)", e "a preservação dos ecossistemas naturais".

    O relatório culpa pelas carências atuais de água no mundo a gestão deficiente, a corrupção, a falta de instituições adequadas, a inércia burocrática, o déficit de novos investimentos na criação de capacidades humanas e a falta de infra-estruturas físicas.

    A má qualidade da água é uma das principais causas das pobres condições de vida e dos problemas de saúde no mundo, diz o estudo.

    A ONU também alerta sobre o fato de que a qualidade da água está diminuindo em muitas regiões do mundo, e que se deterioram "rapidamente" a diversidade dos ecossistemas e as espécies vegetais e animais de água doce.

    Os pesquisadores concluíram que 90% dos desastres naturais são conseqüência de fenômenos que têm relação com a água, e que "seu número e freqüência estão aumentando".

    Neste sentido, o estudo denuncia que dois em cada cinco habitantes do planeta vivem em áreas vulneráveis às inundações e à elevação do nível do mar, e precisa que entre os países que correm mais riscos estão Bangladesh, China, Filipinas, Índia, Paquistão, Países Baixos e Estados Unidos.


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  3. So now there is a basic human "right" to have electrical power paid for by someone else?

    Colonel Kurtz did not have electrical power.
    This did not stop him from living a full life.

    rm+

    :cool: :cool: :cool:
     
  4. lifes hard
    work harder.
     
  5. .

    RedManPlus: So now there is a basic human "right" to have electrical power paid for by someone else?


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    March 11, 2006

    SouthAmerica: The article did not say anything about electric power being a basic human right.

    I don’t know why you did arrive to that conclusion.

    The article is just trying to remind us how far we still have to go to deliver on the basic electric power needs to 1/3 of the global population – we are talking about 2 billion people.

    The more technological advanced countries should develop a more efficient and cheaper way to deliver electric power to the population - that way more people will be able to afford it.


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  6. There are a lot of things missing in the world.
    I know south america and I have been to places even an south american couldn't imagine.
    Electricity is pure luxury. You don't necessarily need it.

    Schooling, clean water in less than a mile's distance, sufficient diet at least for kids and protection against major deseases like malaria:
    That's my humble wish list for this world and there doesn't seem to be a graceful God who'll grant it.
     
  7. Pekelo

    Pekelo

    Look at it this way: When the new stoneage comes, the Amish will have a much easier time than we with our 20 monitors...

    Boy, I am going to miss the Jerry Springer shows...
     
  8. I think the questions I would have would be, when is it the responsibility of the world to make sure they had electricity, and where do those responsibilities stop? We are not supposed to deliver electricity to others, just because. Folks with no homes, food and the like need power because what? And just who will educate them to the danger of the electrical beast? Is that our responsibility also?

    China and India? I think that they have more of a responsibility to do for their own than America would. Are we to determine the pricing for them too? And then because we did, do we get 10% for utility development fees? Or is this just one of those bleeding heart deals where we should just do because we are ~ America!

    Why can't they change their lifestyle so as to better conform to the rest of us? I am very confused by all this share your technology but not your ideals sentiment. You American dogs must die! Oh by the way, we need another gigawatt! :)
     
  9. Sam123

    Sam123 Guest

    This has everything to do with runaway population growth, which once again masquerades as a problem of inequality and class struggle.

    If you decide to have 10 children and then believe you are entitled to my money, then shouldn’t I be entitled to have a say on how many children you should have? That’s only fair, because if we are going to place the burden on rich nations to feed the overpopulated poor countries and give them water and electricity, rich nations should demand caps on their population growth as a condition for aid.
     
  10. napa

    napa

    Thank you, southamerica, for interesting articles. And by the way, in New Scientist magazine there were another interesting article about water crisis not too long ago.

    In my opinion all truly great advances in human societies evolution (and hence human evolution) involve usage of energy. For example, usage of fire for cooking, animals for transportation "energy" and nowadays usage of petrol. In that tone, it never stops to amaze me how badly we handle usage of electricity. It isn't exactly rocket science to produce electricity in small scale, for rural and countryside usage. In example solar furnaces are not that difficult to make. And often that would be enough for 1/3rd mentioned.

    So, in what that unprivileged minority would need that energy? In short - refridgerator. It would truly enhance quality of life and reduce diseases for very great portition of human population. Though greatest benefit would be freeing of women from household slavery.

    Ample amounts of electricity could even solve world's water problems. After all, cleaning water only takes energy.

    Cheap energy should be absolute priority for whole earth. But it seems world just doesn't have what it takes to pull that off.
     
    #10     Mar 11, 2006